O número de pessoas que passam mal durante as viagens é maior do que imaginamos. Ler com o veículo em movimento? Nem pensar! Seja de avião, carro ou barco, o fato é que o desconforto faz daquele momento insuportável. A doença atinge cerca de 10% da população mundial e está mais presente entre crianças de 2 a12 anos e em mulheres, raramente entre idosos e o motorista, este último porque se concentra em um foco: a estrada. Os principais sintomas são: mal-estar, náuseas, enjoo, vômitos, dor de cabeça, sudorese e tontura.
De acordo com Jaime Rocha, infectologista e especialista em Medicina do Viajante, do Laboratório Frischmann Aisengart, o distúrbio é causado por uma resposta a um estímulo normal, ou seja, o cérebro enfrenta conflitos diante de diversos estímulos visuais e sonoros que recebe ao mesmo tempo. “É como se ficasse confuso e não conseguisse processar as informações”, explica.
Há medicações que evitam ou minimizam os sintomas, geralmente ingeridas meia hora antes da viagem, mas fique atento, pois como todo medicamento existe contraindicação e a mais conhecida é a sonolência. Portanto, antes de tomar qualquer medicação, consulte um médico. “é importante ressaltar que apenas uma consulta com um especialista poderá estabelecer com maio precisão todos os cuidados necessários para cada destino e cada viajante” alerta o médico.
Ações preventivas durante uma viagem:
- Não ler durante a viagem;
- Manter a visão focada em um ponto no horizonte;
- Não viajar olhando para os lados;
- Manter os olhos fechados ou deitar;
- Comer pouco antes da viagem;
- Evitar refrigerantes, bebidas estimulantes ou alcoólicas;
- Evitar fumar durante a viagem;
- Procure um local adequado para sentar no veículo durante a viagem onde os estímulos sejam menores como: frente do carro, banco do meio do ônibus, meio do barco ou sobre as asas do avião.